A Estratégia para o Gol

15/10/2012 18:48

 

É essencial, para quem vai iniciar um negócio ou administrar organizações, compreender a lógica, dinâmica e competitividade no qual o negócio ou a organização estão inseridos, no intuito de se obter resultados positivos.

            No dizer de Peter Drucker (1969, 9) - “Uma teoria de negócio tem três partes: primeiro existem hipóteses a respeito do ambiente da organização: da sociedade e sua estrutura e mercado, e o cliente e a tecnologia. Segundo, há hipóteses a respeito da missão específica da organização. Terceiro, existem hipóteses a respeito das competências essenciais e necessárias à realização da missão da organização”. O pensamento de Druker sobre negócio ratifica o pensamento do autor do livro “ A bola não entra por acaso”, o qual afirma “...O BARÇA não é nem um produto, nem  marca, de modo que a estratégia não podia se basear somente em critérios econômicos e empresariais. O fator emocional do futebol e os aspectos de identidade que vinculam o Barcelona com a Catalunha são essenciais. De fato, a perspectiva emocional e de identificação com determinados valores está cada vez mais presente e tem papel preponderante em muitas marcas de produtos.”

            Hoje o F.C. BARCELONA é respeitado em todo o mundo, mas pouca gente sabe que os gestores que assumiram seu comando em 2003, herdaram um clube administrado empiricamente e com endividamento de 186 milhões de euros. Reverter essa situação de forma espetacular, controlando com “a faca nos dentes” suas despesas, modificando suas receitas de 123 milhões em 2003 para 309 milhões de euros em apenas cinco anos, não foi por acaso. Saliente-se que no primeiro ano de gestão, as despesas foram reduzidas de 196 milhões para 168 milhões de euros. O acaso ou a sorte existem, mas a permanência de sucesso para quem foi contemplado com essa ventura e age de forma empírica, estatisticamente é provado que não persiste.

            Ferran Soriano, autor do livro acima referido, levou sua experiência do mundo empresarial  para o clube, quando assumiu sua vice-presidência, revertendo a desorganização e ausência de perspectiva de evolução, predominante no clube, para transformá-lo no time mundial que mais valorizou sua marca e que tem seu caminho sedimentado em base financeira sólida. Utilizou, em vez da sorte, o Método. Houve PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, trabalho em equipe e um olhar para o futuro.

            Conclui-se, fazendo um paralelo com o mundo do futebol, que nenhum sucesso, tratando-se de gestão empresarial, é por acaso. É preciso organização, liderança e planejamento. Enfim, é preciso correções de rotas, de investimentos em profissionais, de adequação à realidade global, de definição de metas a curto e longo prazos. Enfim, é preciso utilizar o caminho do Planejamento Estratégico para soltar o grito do GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL!