COOLHUNTING E FUTUROLOGIA AS NOVAS PEÇAS DA ESTRATÉGIA

A informação restrita, antes considerada a principal diferenciação acadêmica, já não desperta interesse nas grandes escolas do mundo. Durante uma visita a Sorbonne, na França, conversando com os locais, percebi que o foco da renomada academia não está em possuir as informações valiosas e sim pessoas capazes de identificá-las. A idéia em Sorbonne é despertar o caçador de tendência que existe em cada aluno. A idéia é preparar para o competitivo mercado um exercito multidisciplinar de Coolhunters.

Mais do que modismos, o coolhunting é uma das metodologias mais atuais para pesquisa de tendências principalmente pelo alcance de sua multidisciplinaridade, muitas vezes aplicada no momento do planejamento anual de uma empresa. A técnica propõe fazer com que a empresa esteja adiantada em no mínimo um ano em relação aos movimentos do mercado e possa programar seus passos para sempre estar à frente a necessidade.

Especialistas afirmam que estes caçadores vão revolucionar o mundo da Estratégia e a forma do mundo ver este trabalho, principalmente nos setores em que inovação é sinônimo de sobrevivência. Particularmente, acredito que não apenas estes dividirão o mérito. Estrategistas e Futurólogos estreitam laços a cada ano e fortalecem seu papel nas empresas modernas. A gigante da telecomunicação do Reino Unido, a British Telecom, por exemplo,  possui no setor de Planejamento o seu futurista de plantão, pago para imaginar aonde as tecnologias atuais irão nos levar.

Enfim, precisamos despertar. Abrir os olhos para novos modelos de gestão. Precisamos ficar atento a essas novas tendências, antes que alguém às vendam para nós. Precisamos, mais do que nunca, de mais lideres e menos gerentes. Precisamos de inspiração. Afinal, temos sorte em viver em um mundo onde a informação deixou de ser privilégio, principalmente para aqueles antenados nas novidades e tendências de gestão.

Essas e outras são medidas essenciais para estancar a preguiça corporativa característica de um ambiente estéril. São essenciais para eliminar o aspecto de empresa provincianamente voltada para si mesma, fechada às informações do mundo. São os pilares da nova configuração do mundo empresarial distante da realidade submergida em desinformações e redundâncias.

Eu ficarei atento. E você, vai ficar?

Por Fábio Senna