O fim do Empirismo e da Improvisação

27/09/2014 21:12

Iniciada na Europa desde os meados da idade média, primeiramente nos países protestantes e mais tarde naqueles que ainda se mantinham fieis ao catolicismo, a onda dos avanços tecnológicos exigia uma maior organização do trabalho.

Mesmo assim, no período que antecedeu a revolução industrial, a visão da produção ainda era mais fortemente baseada no trabalho individual dos artesãos do que na necessidade da organização voltada à produtividade.

O início da revolução industrial propiciou o deslocamento das populações para as cidades (até então menos de 10% moravam em cidades), as empresas cresceram de forma acelerada desviando o ciclo de produção das mãos dos artesãos que, até então dominavam todo o processo, começando a se desenhar o período da produção em massa nas organizações. Fica patente então que qualquer tipo de desorganização teria como consequência a perda tempo e de recursos e a consequente diminuição da lucratividade.

Dessa forma não havia mais lugar para a tentativa e erro, pois a cada tentativa improdutiva, recursos se esvaiam. Da mesma forma, todo tipo de improvisação não seria bem vinda, representando também um risco que as empresas não podiam mais correr devido a crescente competitividade que naquele momento já era uma realidade.

Portanto “empirismo e Improvisação” são antíteses da essência dos novos métodos propostos a partir dos estudos do engenheiro Frederick Winslow Taylor, que apontavam que a improvisação deveria dar lugar ao planejamento e o empirismo à ciência.

Os estudos de Taylor sobre tempo, movimento, salários, bonificações, padronização de tempos, entre outros contribuíram categoricamente para a substituição de uma cultura voltada ao ciclo de produção onde a maioria dos processos eram dominados pelo trabalho individual e artesanal por uma nova ordem embasada principalmente na subdivisão do trabalho e especialização de vários operários em cada uma dessas tarefas, como forma de aumentar a produtividade.

por Alvaro Tibério Jr